PORQUE NENHUM DE nóS SE IA IMPORTAR DE MORAR NUMA BIBLIOTECA…

terça-feira, 5 de julho de 2011

"Anéis do Meu Cabelo" de António Botto



Se passares pelo adro
No dia do meu enterro
Diz à terra, te não coma
Os anéis do meu cabelo
Já não digo que viesses
Cobrir de rosas meu rosto
Ou que num choro dissesses
A qualquer do teu desgosto
Nem te lembro que beijasses
Meu corpo delgado e belo
Mas que sempre me guardasses
Os anéis do meu cabelo

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